sábado, 8 de janeiro de 2011

Memória, narrativa e as história do mundo


...dando continuidade...Memória, narrativa e as histórias do mundo

No desvendamento de diferentes modalidades das sociedades humanas configurarem o controle simbólico do tempo, as ciências humanas trataram, mais recentemente, de desconstruir o tempo por intermédio de sua dimensão interpretativa.

Seja como espaço de construção de uma inteligência narrativa que encerra a experiência de duração, reino da imaginação criadora; seja como fenômeno que participa das estruturas antropológicas do imaginário e de sua topologia fantástica, nos arranjos que esta engendra entre vida e matéria.

Uma vez que se reconheça os limites da separação ontológica entre ambas as instâncias, além do paroxismo que encerram tais atos humanos de rememoração, não se trata mais, na linha de argumentação aqui apontada, de refletir sobre a memória apenas, e tão somente, sob os efeitos de imagens-vestígios.

É a força interpretativa reconhecida à memória como espaço de construção de conhecimento que desponta como fenômeno a ser aqui aprofundado, tratando-se aí de reconhecer e compreender as tradições históricas, sociais e culturais que carregam e marcam de suas configurações.

Nestes termos, os jogos da memória explicitariam uma ação inteligente singular do sujeito humano sobre o mundo nas busca de um princípio de causalidade (formal e material) que possa enquadrar, de forma inseparável, vida e matéria.

A memória compreendida como um topos espaço fantástico, lugar de extraversão e introversão de uma linguagem arbitrária de símbolos, e coordenada, no plano da imaginação criadora, por esquemas de pensamento, evocaria, portanto, os diferentes procedimentos interpretativos- narrativos

Fonte: Revista Iluminuras - Publicação Eletrônica do Banco de Imagens e Efeitos Visuais - NUPECS/LAS/PPGAS/IFCH e ILEA/UFRGS

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