quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MEU DESEJO EM XEQUE

Quando minha hora chegar, não tentem introduzir em meu corpo, uma vida artificial, usando uma máquina. Ao invés disso, dê minha vista para o homem que nunca viu um sol nascente, um rosto de bebê ou amor nos olhos de uma mulher. Dê meu coração para uma pessoa de que o próprio coração causou nada mais que, últimos dias de dor.

Dê o meu rim para aquele que depende de uma máquina para existir de semana a semana...

Pegue meu sangue, meus ossos, todos músculos e nervos do meu corpo e ache um meio de fazer uma criança aleijada andar. Explore todos os cantos do meu cérebro. Pegue minhas células, se necessário, e deixe-as reproduzir e algum dia, um garoto que fala pouco estará apto para gritar enquanto seu time marca gol e uma garota surda ouvirá o som da chuva contra sua janela.

Queime o que restar de mim. Espalhe as cinzas para o vento, para as flores crescerem.

Se você quer mesmo enterrar alguma coisa, deixe minha falta, minha fraqueza e todos os meus preconceitos contra meu semelhante. Dê meus pecados para o diabo e minha alma para Deus.

Se você for querer lembrar de mim, faça-o com certa façanha, ou fale com alguém que precise de você.

Se você fizer tudo isso que eu pedi, eu viverei para sempre.


Texto inglês de autor desconhecido.

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