terça-feira, 13 de janeiro de 2009


UM POUCO DE CULTURA NORDESTINA
Sair um pouco de temas sérios é sempre bom! Por isso, resolvi compartilhar um texto de expressões populares muito comuns aqui pelo Nordeste.

O humor da língua do povo

O folclorista pernambucano Liedo Maranhão pode se considerar um felizardo: faz parte da restrita tribo dos que se divertem trabalhando. A mais divertida pesquisa feita por Maranhão trata do linguajar nordestino. Paciente, ele coletou centenas de frases criadas pela imaginação popular. Há um traço comum nas frases: a maioria traz comparações pontuadas pela expressão “que só”. Eis um pequeno mostruário das frases que Maranhão colheu na boca do povo:

“Enfeitada que só bicicleta de pobre”
“Tremendo que só pudim”
“Mole que só folha de jornal no sereno”
“Animado que só ajudante de missa”
“Comendo gente que só areia de cemitério”
“Por fora que só quarto de empregada”
“Tremendo que só cotovelo de violinista”
“Liso que só garrafa ensaboada”
“Bom que só dinheiro achado”
“Atrapalhado que só cachorro em procissão”
“Por dentro que só água de coco”
“Sofrido que só pé de retirante”
“Brabo que só guarda-noturno”
“Comprido que só explicação de gago”
“Passeando que só pitomba em boca de velho”

Compilação: Almanaque Fantástico
Edição especial/novembro 2005/Editora Globo.

Nenhum comentário: