sábado, 14 de maio de 2011

Etnocentrismo

Etnocentrismo

É a atitude de quem só reconhece legitimidade e valores às normas e valores vigentes na sua cultura ou sociedade. Ato da discriminação cultural baseado na crença de superioridade cultural.

Etnocentrismo é um fenômeno social muito comum em todos os aspectos culturais que vigoraram até o século XIX e mesmo no século XX, e que deve ser conhecido por conta de suas implicações nos processos administrativos e éticos dos tempos atuais nos quais nos encontramos.

Etnocentrismo poderia ser definido como um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de indivíduos faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.

O conceito de etnocentrismo surge como uma característica comum aos povos antigos. Isolados geograficamente, cada grupo étnico forma sua própria cultura, com seus valores, comunicação e comportamentos adequados às representações de seus conceitos existenciais. Da mesma forma, como cada cultura atribui seus valores e leis, bem como suas normas de conduta, à legislação metafísica dos deuses, torna-se comum a crença de que sua cultura é a referência de juízo sobre todas as demais culturas, quando ocorre o encontro entre duas etnias diferentes.

Todavia, o que era justificado por um conjunto cultural organizacional sistêmico, quando ocorre a derivação para os meios comerciais, e quando as tecnologias delimitam as fronteiras geográficas, passa a ser utilizado como um referencial arbitrário, que pode não se justificar nos contextos de relações empresariais. Isso resultou em uma série de situações desagradáveis, e em choques de valores que culminaram em desorganização, equívocos e conflitos comerciais.

O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.

Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico (como, por exemplo, os habitantes anteriores aos europeus que residiam nas Américas, na África e na Oceania) se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Aprendo muito quando venho aqui. É um orgulho poder ter pessoas como vc nesta trilha virtual. Sabe, eu entendo que, no caso do povo judeu, por exemplo, esse fenômeno do qual vc descreve foi, em apertada síntese dizendo, mais incisiva em razão da desunião e da própria segregação entre eles. Eles se odiavam, não tinham compaixão pelo irmão, o próximo. Acredito que a cegueira da qual estavam sujeitos, ou seja de uma vida digna, de uma ligação maior que poderíamos chamar de cultura era um processo exaurível e não determinado entre eles. Não sei se falei exatamente o que eu queria mas, existiu uma estratégia para segregá-los e manter entre eles um ódio ridículo proveniente das táticas de Hitler. Então poderia ser aplicada esse fenômeno o qual vc descreve aqui neste episódio triste da vida desse povo judeu? Abraço amigo. Como eu disse adoro sua amizade. Fica com Deus. Cumprimentos da amiga LuGoyaZ.

Rita Santana disse...

Oi, Luiz! Ainda precisamos dessa militância sobre conceitos ignorados pela sociedade. Você ajuda na caminhada com os seus pensamentos sobre o mundo. Um abraço!

p.s.: Obrigada pela visita, sempre carinhosa, ao blog.

Preludios do Infinito Particular disse...

Olá! Interessante o post. Muito bem elaborado para a nossa síntese do acessível entendimento. Parabéns pelo conteúdo do seu blog. Lou Moonrise.