O sentido prático da Filosofia
Filosofia. Ora, a filosofia procura estudar o sentido da vida, descobrir o significado das coisas, o "Por quê?", o "Como?" e o "Para que?".
Que dizer de uma área de estudo presente até mesmo em longas metragens? Matrix é uma boa representação. Resgata a mitologia grega, a etimologia e a filosofia. Isto pode ser percebido em várias cenas do filme. Uma delas quando Morfeu ( segundo a mitologia grega, era um espírito filho do sono e da noite. Que em absoluto silêncio, esvoaçava sobre um ser humano ou pousava sobre sua cabeça e tinha o poder de fazer adormecer e lhe aparecer em sonho ) leva Neo ( que quer dizer novo, ou aquele que renova ) para ouvir o Oráculo ( que é uma mensagem misteriosa enviada por uma divindade ou a própria divindade transmissora da mensagem ) e este lhe pergunta se havia lido a inscrição sobre a porta: "Conhece-te a ti mesmo" ( inscrição sobre um portal de um santuário dedicado ao deus Apolo, na cidade de Delfos - Grécia Antiga ).
Um dos nomes mais conhecidos do meio filosófico é Sócrates. Este, segundo a história, uma vez foi consultar o Oráculo do santuário de Apolo. E teve a seguinte resposta: " Sócrates é o mais sábio dos homens, pois é o único que sabe que não sabe."
Em comparação com o filme Sócrates assemelha-se a Neo. Ambos não se contentavam com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos da sociedade, com as crenças incontestáveis. O grande filósofo desconfiava das aparências e procurava a realidade verdadeira de todas as coisas. Com a pergunta "O que é" ( o que é verdade?, o que é mentira?, o que é democracia?, etc. ), ele levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser, entre mera crença ou opinião e verdade.
Como os de Neo, os combates socráticos não eram físicos, eram mentais, do pensamento. Toda a trajetória de Neo até o combate final na Matrix encontra-se também em "O mito da caverna" do filósofo Platão. Mito que, metaforicamente, relata a vivência humana que é forçada a acreditar naquilo que lhe é imposto, sem fazer qualquer tipo de questionamento ameaçador.
"O mito da caverna" nos instiga a, como Sócrates, perguntar "O que é?" e fugir do mundo de aparências em que vivemos. Um claro exemplo é que acreditamos na existência do tempo e que podemos medi-lo com instrumentos como o relógio e o cronômetro, sem questionarmos como, porque e para que.
Nota-se então que nossa vida cotidiana é feita de crenças silenciosas, da aceitação de coisas e idéias que nunca questionaremos por nos parecerem naturais. Cremos que somos seres racionais e, no entanto estamos acabando com o planeta. Cremos que somos capazes de conhecer as coisas e mesmo assim não respeitamos o meio-ambiente, deixando-nos levar pelo capitalismo. Acreditamos na existência da verdade e na diferença entre verdade e mentira.
Somos livres quando queremos ou apenas respeitamos as regras impostas pela sociedade? O que é a liberdade então?
Como é possível que haja duas realidades temporais diferentes, a marcada pelo relógio e a vivida por nós? Como é possível o tempo ser medido num relógio? O que é o tempo? Algo existente ou algo creditado pela nossa consciência?
- Será que percebemos as coisas como realmente são?
Enfim, diante de tantas indagações, tantas dúvidas, antes de tentar resolver os enigmas do mundo externo será mais proveitoso que comecemos compreendendo a nós mesmos.
Filosofia. Ora, a filosofia procura estudar o sentido da vida, descobrir o significado das coisas, o "Por quê?", o "Como?" e o "Para que?".
Que dizer de uma área de estudo presente até mesmo em longas metragens? Matrix é uma boa representação. Resgata a mitologia grega, a etimologia e a filosofia. Isto pode ser percebido em várias cenas do filme. Uma delas quando Morfeu ( segundo a mitologia grega, era um espírito filho do sono e da noite. Que em absoluto silêncio, esvoaçava sobre um ser humano ou pousava sobre sua cabeça e tinha o poder de fazer adormecer e lhe aparecer em sonho ) leva Neo ( que quer dizer novo, ou aquele que renova ) para ouvir o Oráculo ( que é uma mensagem misteriosa enviada por uma divindade ou a própria divindade transmissora da mensagem ) e este lhe pergunta se havia lido a inscrição sobre a porta: "Conhece-te a ti mesmo" ( inscrição sobre um portal de um santuário dedicado ao deus Apolo, na cidade de Delfos - Grécia Antiga ).
Um dos nomes mais conhecidos do meio filosófico é Sócrates. Este, segundo a história, uma vez foi consultar o Oráculo do santuário de Apolo. E teve a seguinte resposta: " Sócrates é o mais sábio dos homens, pois é o único que sabe que não sabe."
Em comparação com o filme Sócrates assemelha-se a Neo. Ambos não se contentavam com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos da sociedade, com as crenças incontestáveis. O grande filósofo desconfiava das aparências e procurava a realidade verdadeira de todas as coisas. Com a pergunta "O que é" ( o que é verdade?, o que é mentira?, o que é democracia?, etc. ), ele levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser, entre mera crença ou opinião e verdade.
Como os de Neo, os combates socráticos não eram físicos, eram mentais, do pensamento. Toda a trajetória de Neo até o combate final na Matrix encontra-se também em "O mito da caverna" do filósofo Platão. Mito que, metaforicamente, relata a vivência humana que é forçada a acreditar naquilo que lhe é imposto, sem fazer qualquer tipo de questionamento ameaçador.
"O mito da caverna" nos instiga a, como Sócrates, perguntar "O que é?" e fugir do mundo de aparências em que vivemos. Um claro exemplo é que acreditamos na existência do tempo e que podemos medi-lo com instrumentos como o relógio e o cronômetro, sem questionarmos como, porque e para que.
Nota-se então que nossa vida cotidiana é feita de crenças silenciosas, da aceitação de coisas e idéias que nunca questionaremos por nos parecerem naturais. Cremos que somos seres racionais e, no entanto estamos acabando com o planeta. Cremos que somos capazes de conhecer as coisas e mesmo assim não respeitamos o meio-ambiente, deixando-nos levar pelo capitalismo. Acreditamos na existência da verdade e na diferença entre verdade e mentira.
Somos livres quando queremos ou apenas respeitamos as regras impostas pela sociedade? O que é a liberdade então?
Como é possível que haja duas realidades temporais diferentes, a marcada pelo relógio e a vivida por nós? Como é possível o tempo ser medido num relógio? O que é o tempo? Algo existente ou algo creditado pela nossa consciência?
- Será que percebemos as coisas como realmente são?
Enfim, diante de tantas indagações, tantas dúvidas, antes de tentar resolver os enigmas do mundo externo será mais proveitoso que comecemos compreendendo a nós mesmos.