sábado, 28 de novembro de 2009

Comunicação de massa


Comunicação de massa

Apesar de a comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação num único sentido (mesmo que disponham de vários feedbacks, como índices de consumo, ou de audiência, cartas dos leitores).

Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou não, e leva alguns[quem?] teóricos da mídia a afirmar que aquilo que obtemos mediante os meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.

Podendo ter diversas interpretações e significados, se referindo às mensagens transmitidas para a massa pelos meios de informação, também através dos indivíduos que englobam essa comunicação social. Ou seja, um sistema produtivo que visa gerar e consumir idéias para diversos objetivos e públicos.

A divulgação em grande escala de mensagens, a rapidez com que elas são absorvidas, a amplitude que atingem todo tipo de público, cuja própria sociedade através da Indústria Cultural criou e se alimenta, gera um enorme interesse e abre espaço para o estudo de nosso comportamento.

Tipos de meios de Comunicação

Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são: Televisão, Rádio, Jornal, Revistas, Internet.Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos.

Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo.Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizarem que tipo de informação esta sendo veiculada por esses meios, como ao receptor das informações ter criticidade para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciado os abusos aos órgãos competentes.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa

Não podemos separar a Comunicação de Massa da Indústria Cultural, já que por sua vez elas são dependentes uma da outra, pelo fato de existirem diversos meios de comunicação que são capazes de atingir através de uma mensagem um grande número de indivíduos. Essa indústria é conseqüência de uma sociedade industrializada, muitas vezes alienada, que aceita idéias e mensagens sem um pré-julgamento, entrando diretamente na “veia” dos indivíduos não existindo nenhuma barreira, tornando assim uma sociedade de consumo e global, sem restrições.Horkheimer, Adorno, Marcuse e outros pesquisadores frankfurtianos criaram o conceito de "Indústria Cultural" para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.

Manipulação através da Comunicação de Massa

Estamos acostumados a receber informações diariamente de tudo que se passa ao nosso redor e em todo mundo. Assistimos notícias, anúncios, filmes, detalhes de atores e celebridades, e assuntos gerais que ocupam o tempo e nos isolam da realidade. Toda essa comunicação nos impõe um padrão de vida e felicidade a ser alcançado, com objetivos e ideais muitas vezes impossíveis para todos, mas diante a televisão isso se torna possível. A realidade dos telejornais é passada como algo distante e irreal, enquanto as novelas emocionam o país como se fossem problemas reais que afetam a todos, ou seja, esta inversão entre realidade e ficção é notável principalmente nas novelas assim a novela passa por um relato do real, enquanto o noticiário (que perdeu as referências temporais e espaciais) torna-se irreal. A prova disso são telespectadores que se comovem em demasia com a morte de uma personagem, enquanto um desastre real em algum lugar do mundo passa por ouvintes inertes e insensíveis ao fato. Assim os indivíduos abdicam de sua liberdade pelos meios de comunicação e deixam-se ser controlados. Os principais responsáveis são, o governo e classes sócio-econômicas dominantes, tanto financeiramente como culturalmente, utilizando essas mídias de modo a manipular a sociedade.

sábado, 21 de novembro de 2009

O que é Industria Cultural
O que é Indústria cultural?

O termo “Indústria Cultural” foi utilizado por primeira vez por Horkheimer e Adorno na Dialética do Iluminismo. Anteriormente, empregava-se o termo “cultura de massa” que, conceitualmente, refere-se a uma cultura que nasce espontaneamente das próprias massas, a uma forma contemporânea de arte popular.

A realidade da indústria cultural é diferente: o mercado de massas impõe estadardização e organização; os gostos do público e suas necessidades impõem estereótipos e baixa qualidade. A indústria cultural exerce um domínio sobre os indivíduos e, ao preferir a eficácia dos seus produtos, determina o consumo e exclui tudo que é novo, tudo o que se configura como risco inútil.

Segundo Adorno, na Indústria Cultural tudo se torna negocio. Enquanto negócios seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação. Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja o de portadora da ideologia dominante, a qual concede sentido a todo sistema.
Quando confrontamos os problemas da alienação e da revelação, próprios do conceito de indústria cultural, com a questão da significação a partir desta três modalidades de signo, ícone, índice e símbolo, chegamos a conclusão de que a indústria cultural é regida hegemonicamente pelo signo indicial, fato que estimula nos receptores o desenvolvimento de uma consciência indicial.

Aqui, então, vai ser possível dizer que o problema com a indústria cultural não é tanto o que ela diz ou não; não é tanto o fato de ser ela deste ou daquele modo, estruturalmente; nem o fato de ter surgido neste ou naquele sistema político-social – mas, sim, no modo como diz. É que a indústria cultural – na TV, no rádio, na imprensa, na música (particularmente a dita popular, nos fascículos, mas também nas escolas e nas universidades – é o paraíso do signo indicial, da consciência indicial.(…) Como o que ocorre com o índice, de certo modo o que é dado ao receptor é alguma coisa já conhecida. (…) Não há revelação, apenas constatação, e ainda assim uma constatação superficial – o que funciona como mola para alienação. O que interessa não é sentir, intuir ou argumentar, propriedades da consciência icônica e simbólica; apenas, operar.
A inflação de signos indiciais seria o problema da indústria cultural, que processaria a comunicação de maneira fragmentada, acelerada e superficial. Estaríamos essencialmente diante de um problema de forma. Embora considere a abordagem semiótica a mais rica para tratar a questão da indústria cultural, outras modalidades de críticas podem a ela se juntar, fornecendo um quadro mais amplo. Considerando este ponto, podemos dizer que a presença do aparelho de tevê no cotidiano das pessoas é tão forte que muitos pensam que a televisão é o único lazer da população. Além da tevê, a ainda escuta de rádio AM e FM, a leitura de jornais, revistas, escuta de discos, ou seja, um lazer financiado pela publicidade comercial que usualmente se designa como indústria cultural. Com isso, uma outra suspeita de que lazer é todo voltado para o consumo ou para atividade que levam ao consumo.
Os estudos de orçamento-tempo mostraram que, efetivamente, quase a metade do tempo livre de nossa população é gasta com um lazer produzido pela indústria cultural, vindo principalmente da televisão, seguida de longe pelo rádio e, mais de longe ainda, pelos livros, discos, jornais e revistas.
Contudo, é perigoso afirmar que determinada atividade seja, ou não, produzida pela indústria cultural, é também importante observar que tais meios de comunicação de massa nada mais são do que a reprodução de conteúdos de outras práticas de lazer. Como por exemplo, o volume de concertos de música erudita ou popular vistos nas rádios e tevês é incomparavelmente maior do que o das salas de show e concertos ao vivo. O mesmo vale para outros espetáculos artísticos e para o esporte, a ginástica, a jardinagem, a culinária, a informação em geral. Trata-se de um consumo de lazer e não de prática ativa de lazer.
É importante ressaltar então, as relações estabelecidas entre indústria cultural, meios de comunicação de massa e com a cultura de massa. Em um primeiro momento, podemos achar que estas expressões funcionam como sinônimos, mas não é assim.

Não se pode falar em indústria cultural e sua conseqüência, a cultura de massa, em um período anterior ao da revolução Industrial, no século XVIII; do surgimento de uma economia de mercado, uma economia baseada no consumo de bens; e da existência de uma sociedade de consumo, segunda parte do século XIX. Assim, a indústria cultural, os meios de comunicação de massa e a cultura de massa surgem com funções do fenômeno da industrialização. E estas, através das alterações que ocorrem no modo de produção e na forma de trabalho humano, que determina um tipo particular de indústria (a cultural) e de cultura (a de massa). E isto vai dependendo completamente, do uso crescente da máquina, da submissão do ritmo de humano de trabalho ao ritmo da própria máquina, da exploração do trabalhador, da divisão do trabalho. Conseqüências da revolução industrial, traços marcantes de uma sociedade capitalista, em que é nítida a oposição de classes. Neste momento começa a surgir a cultura de massa que tem como função o fenômeno da industrialização. Podemos observar desde então, conseqüências diretas e indiretas na distribuição cultural dos dias de hoje.
Uma característica muito importante da indústria cultural, é a formação de uma cultura homogênea. Mas aqui no Brasil, por ter uma grande desigualdade na distribuição de renda, acaba por se dificultar a homogeneização da cultura.
Referencia: O QUE É INDUSTRIA CULTURAL?
José Teixeira Coelho Neto
Ed .Brasiliense , 1980

sábado, 14 de novembro de 2009

A facilidade atual da Cultura da informação


A facilidade atual da Cultura da informação

Nunca uma geração foi tão bem informada como a de hoje. Basta um CD para armazenar o conteúdo de 300.000 livros. A aceleração das publicações de todo tipo nos amedronta. Em horas, ou talvez minutos, produzem-se, hoje, mais publicações que em um ano ou em décadas da Idade Média.
Se traduzíssemos os conhecimentos em “bytes”, um aluno que se prepara para a educação superior, deveria armazenar mais “bytes” que Santo Tomás de Aquino gastou em tida sua Suma Theológica. Entretanto, jamais se pode comparar, nem de hoje, a cultura do Angélico com as cabeças confusas da juventude hodierna.

Os escritores antigos viviam à míngua de informações. Hoje, basta um clique e ei-nos conectados pela internet com mais de um bilhão de possíveis “portais” informativos. Tantas informações, mas tudo repleto de nada, tudo superlotado de nada, tudo vazio de tudo, de vida sem sentido, de vida sem chegada.

Diante desse novo universo de imagens, novos hábitos se vão criando por obra e graça de um borboletear permanente de “sitio” a sitio, de “portal” a portal, de “canal” a canal. A inteligência e a memória navegam com a velocidade parecida com a da luz, de modo que nada se lhe adere.
É a pura sensação. Adrenalina em vez de pensamento. Nesse momento entra o que significa “aprender a conhecer”, “aprender a pensar”. Algo bem diferente de restringir-se a freqüentar essas fontes borbulhantes de cascatas informativas; embora tudo isso faça parte, também do aprendizado atual, exige outro gênero de registro mental.

Aprender a conhecer é inserir todo conhecimento no varal do passado, é percebê-lo na atualidade do presente e vislumbrá-lo em sua densidade de futuro.

O importante agora é saber relacionar, contextualizar, em busca de uma verdadeira articulação dos elementos que pareciam fragmentados, em seus conjuntos no mar infinito de ondas passageiras. Pensar, com efeito, é analisar e sintetizar, é separar e unir. Esse jogo de operação mental estimula o pensar. O pensamento atual acentua, demasiadamente, a análise.

Em busca do equilíbrio, cabe insistir na síntese, na ligação estrutural do jogo das palavras no pensar inclusivo que sintetiza o nosso pensamento.

Artigo capturado no Jornal Gazeta de Alagoas/caderno de Política – folha A3 /terça-feira, 06 de outubro de 2009. Texto creditado à Dom Fernando Iório Bispo emérito de Palmeira dos Índios e presidente da Academia Alagoana de Letras.

sábado, 7 de novembro de 2009

Cultura de Massa - uma outra definição




Cultura de Massa - uma outra definição

Não é de hoje que a cultura de massa existe, antes mesmo de o Brasil virar republica o modismo já estava presente, como por exemplo, quando a corte portuguesa veio pro Brasil as mulheres rasparam a cabeça por causa do piolho, e as mulheres que já viviam aqui achando que era uma moda em Portugal rasparam a cabeça também.

A cultura de massa gira em torno do modismo,consumismo e acima de tudo na influencia que outras pessoas ou até mesmo marcas podem exercer sobre os outros.A cada dia que passa as pessoas são cada vez mais ligadas as novas tecnologias e acabam ate mesmo deixando de viver para se adequar a um padrão estabelecido pela sociedade, sendo capazes de fazer loucuras para obter o “sucesso” proposto.