O papel da mídia no consumismo
Os órgãos midiáticos são os maiores responsáveis pela compulsividade consumista dos últimos tempos. Com propagandas apelativas e com o alto poder de persuasão, a televisão influencia a sociedade à prática do consumismo.
Tal poder de influência da mídia a torna capaz de distorcer ilusoriamente a natureza de certos produtos, transformando o supérfluo em essencial. Esta transformação vem causando uma exagerada valorização material por parte da sociedade, e atribuindo ao homem a necessidade psicológica de comprar mais, e cada vez mais.
A supervalorização material é um grave problema, pois faz com que as pessoas gastem mais do que possuem. Ou pior, muitas vezes é responsável pelo desvio de conduta do homem, pois este passa a priorizar a posse, mesmo que para obtê-la seja necessário ignorar princípios éticos e morais.
A mídia brasileira está recheada de informações fúteis e alienadoras, bem como de vários programas que têm como a finalidade exclusiva de promover a própria emissora. Um bom exemplo é o programa Vídeo Show, que promove as "estrelas" da própria Rede Globo desde o primeiro até o último minuto da exibição.
Uma séria intervenção política, na área da comunicação, é essencial para mudar o quadro de alienação populacional causada pela televisão. Impulsionar o desenvolvimento de programas educativos que conscientizem a população dos problemas sociais e econômicos do país e, ao mesmo tempo, fiscalizar os conteúdos abusivos das propagandas televisivas, são medidas que devem contribuir decisivamente para diminuir o problema do consumismo.
Melhorar este quadro de ignorância populacional é possível, sim, mas é algo que só se concretizará quando o Estado deixar de preocupar-se com o domínio da massa através da alienação, e passar a priorizar o desenvolvimento social, usufruindo primordialmente da educação.
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