sábado, 30 de outubro de 2010

Memória como identidade cultural


A memória, entendida como elemento fundamental na formação da identidade cultural individual e coletiva, na instituição de tradições e no registro de experiências significativas, deve ser valorizada e preservada.

Preservar a memória cultural de uma sociedade não significa atrelá-la ao passado e impedir o seu desenvolvimento, mas sim conservar seus pilares constituintes a fim de não perder conhecimentos e identidades.

À medida que avançam a ciência e a tecnologia, e novas ordens sociais se instauram com novos paradigmas, valores e linguagens, a ruptura com o passado torna-se inevitável. O esfacelamento da memória cultural, das tradições, desvincula o homem de suas raízes, aliena-o da "realidade objetiva", impossibilita-o de compreender como e porque se dão as transformações econômicas, políticas, sociais e culturais, porque faltam-lhe os elos que dão sentido aos acontecimentos, tornando-o, dessa forma, presa fácil de manipulação e dominação.

sábado, 23 de outubro de 2010

Diversidade Cultural acerca do Brasil


Diversidade Cultural brasileira

O Brasil tem uma notável diversidade criativa. Diversidade cultural pode ter um papel central no desenvolvimento de projetos culturais no país, especialmente com ênfase nos indígenas e afrodescendentes.
Áreas como o artesanato tradicional, pequenas manufaturas, moda e design são áreas estratégicas para o país, em vista de sua potencialidade em termos da melhoria das condições de vida das populações mais pobres.

Elas podem trazer empoderamento individual e contribuir com a reduçâo da pobreza.
Ao tentar enfrentar seu problema mais urgente – a desigualdade social – o país vem descobrindo a forte influência da cultura para a configuração dessa realidade, bem como seu potencial de transformação social do cenário atual.

Falta ainda uma abordagem cultural mais profunda com relação aos povos indígenas e aos afrodescendentes. Estes dois grupos de minoria apresentam os piores indicadores sociais do país, mas que apenas nos últimos anos passaram a ser alvo de políticas sociais específicas.

É preciso que mais seja feito para preservar:

· tradições indígenas,
· línguas indígenas ameaçadas de desaparecimento,
· conhecimento tradicional indígena sobre a natureza
· terras índigenas - há conflitos a respeito da expansão a fronteira agrícola e os investimentos em infraestrutura,
· afirmação dos direitos dos povos indígenas,
· Influência da cultura africana na cultura e história do Brasil.

sábado, 16 de outubro de 2010

Diversidade Cultural


A Diversidade cultural em xeque!

Diversidade cultural tem como função unir todas as diferenças culturais em uma única, bem como a forma que se organizam e suas concepções religiosas e morais, utilizando a linguagem, as danças, a maneira de se vestir e suas tradições, o termo diz respeito a variedade de idéias, caracterizando os diferentes elementos da convivência e de determinados assuntos, referindo se também a crenças e a padrões de tempo e espaço, de diferentes ângulos de visões e abordagem, a diversidade cultural é indicada para pessoas que são ligadas ao conceito de pluralidade, e podem encontrar uma comunhão na tolerância mutua.

A diversidade cultural é um caminho que abrange boa parte das pessoas, dando a todos o direito de expressão, proporcionando as muitas sociedades que surgiram separadas e sentindo diferenças culturais o direito de se expressarem através de suas culturas, essas diferenças culturais que existem entre os povos, também fazem com que exista variações na forma de como as sociedades se organizam, e a maneira que interagem no seu ambiente mudando suas concepções.Importante dizer que a diversidade cultural preserva a sobrevivência e a longo prazo as culturas indígenas que são tão importantes para humanidade assim como a conservação de todas as espécies existentes no ecossistema.

sábado, 9 de outubro de 2010

Dimensões da cultura


Dimensões da cultura & cia

Com freqüência, a política cultural é pensada com ênfase exclusiva nas artes consolidadas. Considerando-se que a diversidade cultural é o maior patrimônio da população brasileira, no âmbito do PNC busca-se transcender as linguagens artísticas, sem contudo minimizar sua importância. Uma perspectiva ampliada, que articula as diversas dimensões da cultura, ganhou corpo e espaço na estrutura de financiamento público nos últimos anos e é um dos pilares do Plano Nacional de Cultura.

Dimensão simbólica

Adotando uma abordagem antropológica abrangente, o PNC retoma o sentido original da palavra cultura e se propõe a “cultivar” as infinitas possibilidades de criação simbólica expressas em modos de vida, motivações, crenças religiosas, valores, práticas, rituais e identidades. Para desfazer relações assimétricas e tecer uma complexa rede que estimule a diversidade, o PNC prevê a presença do poder público nos diferentes ambientes e dimensões em que a cultura brasileira se manifesta. As políticas culturais devem reconhecer e valorizar esse capital simbólico, por meio do fomento à sua expressão múltipla, gerando qualidade de vida, auto-estima e laços de identidade entre os brasileiros.

Dimensão cidadã

Os indicadores de acesso a bens e equipamentos culturais no Brasil refletem conhecidas desigualdades e estão entre os piores do mundo, mesmo se comparados aos de países em desenvolvimento. Apenas uma pequena parcela da população brasileira tem o hábito da leitura. Poucos freqüentam teatros, museus ou cinemas. A infra-estrutura cultural, os serviços e os recursos públicos alocados em cultura demonstram ainda uma grande concentração em regiões, territórios e estratos sociais. Populações tradicionais não estãoplenamente incorporadas ao exercício de seus direitos culturais, uma vez que os meios para assegurar a promoção e o resguardo de culturas indígenas e de grupos afro-brasileiros são insuficientes.

O acesso universal à cultura é uma meta do Plano que se traduz por meio do estímulo à criação artística, democratização das condições de produção, oferta de formação, expansão dos meios de difusão, ampliação das possibilidades de fruição, intensificação das capacidades de preservação do patrimônio e estabelecimento da livre circulação de valores culturais, respeitando-se os direitos autorais e conexos e os direitos de acesso e levando-se em conta os novos meios e modelos de difusão e fruição cultural.

Dimensão econômica

Para a realização dos objetivos citados até aqui, torna-se imperativa a regulação das “economias da cultura”, de modo a evitar os monopólios comerciais, a exclusão e os impactos destrutivos da exploração predatória do meio ambiente e dos valores simbólicos a ele relacionados. Nos anos 70, por exemplo, o Brasil cresceu a patamares de 10% ao ano, mas concentrou renda, ampliou as desigualdades sociais e conservou distâncias culturais. A década de 90, por sua vez, foi marcada pela ampliação desses problemas em conseqüência da hegemonia de idéias que privilegiaram o mercado como meio regulador das dinâmicas de expressão simbólica.

Hoje, no entanto, a cultura, como lugar de inovação e expressão da criatividade brasileira, apresenta-se como parte constitutiva do novo cenário de desenvolvimento econômico socialmente justo e sustentável. A implementação do Plano Nacional de Cultura apoiará de forma qualitativa o crescimento econômico brasileiro. Para isso, deverá fomentar a sustentabilidade de fluxos de formação, produção e difusão adequados às singularidades constitutivas das distintas linguagens artísticas e múltiplas expressões culturais. Inserida em um contexto de valorização da diversidade, a cultura também deve ser vista e aproveitada como fonte de oportunidades de geração de ocupações produtivas e de renda e, como tal, protegida e promovida pelos meios ao alcance do Estado.

sábado, 2 de outubro de 2010

Cultura um conceito antropológico - resumo do livro de Roque de Barros Laraia


Resumo do livro Cultura:Um conceito antropológico (LARAIA,Roque de Barros)

O autor promove um estudo acerca do conceito de cultura em diversas temporalidades.Inicia o Livro pontuando os determinismos biológicos e geográficos como elementos marcantes da Estrutura mental do Séc XIX.Sendo que o primeiro basea-se na idéia central de que a constituição genética de grupos sociais determina o comportamento humano.Já o determinismo geográfico,prisma pela supervalorização do meio físico,onde as características destes condicionam a Vida Humana.

Depois de comentar sobre as idéias de alguns antropólogos-Boas,Wissler,kroebes,- acerca desses reducionismo,chega a conclusão de que a diversidade característica dos grupos humanos,não pode ser explicada pelos seus caracteres biológicos ou pelas limitações impostas pelo meio ambiente.

Outra questão desenvolvida por Laraia,e acerca do conceito de cultura,é segundo ele,o primeiro antropólogo a abordar o conceito de cultura no sentido moderno foi Taylo.Esse estudioso,define o termo como todo comportamento humano aprendido,independente de uma herança genética.Em seguida, Laraia ao expor a idéia básica de Boas e Kroeber,faz uma viagem ao pensamento difusionista.Esse pode ser explicado pelo relativismo Cultural,onde cada povo deve ser compreendido pelo seu próprio paradigma cultural

Laraia, além de demonstrar que o evolucionismo biológico acompanha o cultural,discorre sobre as teorias modernas,descrevendo alguns abordagens,entre elas:Cultura como um sistema cognitivo,cultural ou simbólico.Segundo o autor,a cultura condiciona a visão de mundo do homem,tornando-o,muitas vezes,etnocêntrico.Além disso,ela segue um sistema lógico,próprio e dinâmico.
O Autor conclui,enfatizando a importância de respeitar a diversidade cultural e de compreender as mudanças internas.