sábado, 30 de maio de 2009

Pobre Samba meu


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Pobre Samba meu

Associado à tradição, a partir dos anos 1950, o Samba perde espaço e prestígio no mercado para estéticas musicais mais “modernas”, como a Bossa Nova, a Tropicália e o Rock.

Durante a primeira metade do século XX, o Samba se tornou o principal gênero do mercado de música popular brasileira. Na voz de cantores de grande apelo popular, como, entre outros, Chico Alves, Nelson Gonçalves e Orlando Silva, o “cantor das multidões”, que pelas ondas do rádio alcançavam públicos do Brasil inteiro, pode-se dizer que o gênero se firmou como símbolo da unidade nacional e, gradativamente, ampliou seu prestígio no conjunto da sociedade e se consagrou no mercado. Apesar de eventuais preconceitos das elites intelectualizadas contra esse gênero saído dos morros cariocas, redutos dos pobres e excluídos, o mercado musical sempre conviveu muito bem com o imaginário impresso nas composições, fortemente apoiado em referências simbólicas – “o morro”, o “barracão”, a “favela” – originárias das rodas comunitárias onde eram produzidas. No final da década de 1950, contudo, esse convívio relativamente tranqüilo começou a se alterar. Foi quando jovens da classe média, como Carlos Lyra, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, passaram a se reunir em apartamentos da Zona Sul do Rio de Janeiro para trocar idéias e propostas musicais. Não precisavam de muito. Bastavam “um cantinho, um violão”, como na música de Tom Jobim. Dispensavam a voz “impostada” dos grandes intérpretes do período e o aparato cênico que a Rádio Nacional e o cinema montavam para apresentar os novos lançamentos da MPB.

O fato é que o surgimento da Bossa Nova inaugurou uma nova fase no mercado de música. Para seus teóricos, a Bossa Nova se caracterizava pela busca de novos elementos musicais capazes de dar ao Samba um caráter “moderno”, em sintonia com o desenvolvimentismo do momento político-cultural do governo de Juscelino Kubitschek. O Brasil vivenciava uma atmosfera de otimismo e de crença no futuro, e o novo gênero seria uma expressão legítima de tais sentimentos. Em vez dos antigos temas da música brasileira, falava-se agora do barquinho, do violão, do sol, do sul, do mar e do amor. Mas e o Samba? Que lugar estaria reservado a ele nessa nova conjuntura?


sábado, 23 de maio de 2009

Cultura de Massa




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O que é Cultura de Massa?

A cultura de massa é formada por grande parte da população, o dito “povão”. Algo que domina a cabeça das pessoas de uma forma que acabam perdendo sua própria cultura. Isso acontece devido a grande variedade que as indústrias oferecem.Na charge de Quino mostra o personagem que até então desconhecia a televisão, ao vê-la simplesmente ficou super manipulado.

O porque das imagens?

A ovelha: é um animal fácil para ser comandado, ela obedece qualquer ordem sem reclamar.

O diabo: é visto pela sociedade como um maligno(quer sempre o mal)

A Televisão: é um meio de comunicação onde toda a população muito utilizada

O Homem: é dominado pela cultura de massa. (Televisão)

Falando da imagem...

Quino era um pastor que vivia feliz cuidando de suas ovelhas, desprezando os bens materiais.Certo dia o diabo veio atentá-lo e colocou em sua frente uma televisão, a partir deste momento ele mudou seu dia -a- dia em função da televisão, deixou inclusive seu trabalho(cuidar das ovelhas) de lado pra ficar na frente da TV.Até que chegou o momento que Quino virou uma ovelha, pois obedeceu aos comandos da mídia, representando que o ser humano domina-se fácil pela cultura de massa.
Cultura ofuscada

«Não é que, no nosso tempo, o representante da cultura seja menos escutado do que no passado o eram o teólogo, o artista, o sábio, o filósofo, etc. É que, atualmente, tem-se consciência da massa que vive de mera propaganda. Também no passado, as massas viviam de má propaganda, mas, então, sendo a cultura elementar menos difundida, essa massa não imitava as pessoas verdadeiramente cultas e, portanto, não fazia surgir o problema de saber se estava mais ou menos em concorrência com essas pessoas cultas.»

sábado, 16 de maio de 2009

Cultura de Massa e Indústria Cultural


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Cultura de Massa e Indústria Cultural

Considerando este ponto, podemos dizer que a presença do aparelho de tevê no cotidiano das pessoas é tão forte que muitos pensam que a televisão é o único lazer da população. Além da tevê, a ainda escuta de rádio AM e FM, a leitura de jornais, revistas, escuta de discos, ou seja, um lazer financiado pela publicidade comercial que usualmente se designa como indústria cultural. Com isso, uma outra suspeita de que lazer é todo voltado para o consumo ou para atividade que levam ao consumo.

Os estudos de orçamento-tempo mostraram que, efetivamente, quase a metade do tempo livre de nossa população é gasta com um lazer produzido pela indústria cultural, vindo principalmente da televisão, seguida de longe pelo rádio e, mais de longe ainda, pelos livros, discos, jornais e revistas.

Contudo, é perigoso afirmar que determinada atividade seja, ou não, produzida pela indústria cultural, é também importante observar que tais meios de comunicação de massa nada mais são do que a reprodução de conteúdos de outras práticas de lazer. Como por exemplo, o volume de concertos de música erudita ou popular vistos nas rádios e tevês é incomparavelmente maior do que o das salas de show e concertos ao vivo. O mesmo vale para outros espetáculos artísticos e para o esporte, a ginástica, a jardinagem, a culinária, a informação em geral. Trata-se de um consumo de lazer e não de prática ativa de lazer.

É importante ressaltar então, as relações estabelecidas entre indústria cultural, meios de comunicação de massa e com a cultura de massa. Em um primeiro momento, podemos achar que estas expressões funcionam como sinônimos, mas não é assim.

Não se pode falar em indústria cultural e sua conseqüência, a cultura de massa, em um período anterior ao da revolução Industrial, no século XVIII; do surgimento de uma economia de mercado, uma economia baseada no consumo de bens; e da existência de uma sociedade de consumo, segunda parte do século XIX.

Assim, a indústria cultural, os meios de comunicação de massa e a cultura de massa surgem com funções do fenômeno da industrialização. E estas, através das alterações que ocorrem no modo de produção e na forma de trabalho humano, que determina um tipo particular de indústria (a cultural) e de cultura (a de massa). E isto vai dependendo completamente, do uso crescente da máquina, da submissão do ritmo de humano de trabalho ao ritmo da própria máquina, da exploração do trabalhador, da divisão do trabalho. Conseqüências da revolução industrial, traços marcantes de uma sociedade capitalista, em que é nítida a oposição de classes. Neste momento começa a surgir a cultura de massa. Podemos observar desde então, conseqüências diretas e indiretas na distribuição cultural dos dias de hoje.

Uma característica muito importante da indústria cultural é a formação de uma cultura homogênea. Mas aqui no Brasil, por ter uma grande desigualdade na distribuição de renda, acaba por se dificultar a homogeneização da cultura.

sábado, 9 de maio de 2009

Forró... um celeiro de culturas



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No post de hoje damos continuidade da expressiva música nordestina, enfocando o gênero Forró e seus contextos no discurso da Música Popular Brasileira no seu universo cultural.
O Forró, assim como o Samba, possui as mesmas raízes, se originando da mistura de influências indígenas, africanas e européias. O batuque - dança de roda onde os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular no Brasil. Dele surgiram variações que se espalharam tanto em áreas urbanas quanto rurais, sob vários nomes e estilos próprios conforme a região do país. Duas histórias cercam a origem do nome Forró. A mais difundida é de que os ingleses, que trabalhavam na construção de uma estrada de ferro no Nordeste, promoviam bailes "For All", com a trilha sonora e a dança local - entenda-se Baião - e assim o nome foi pegando. A outra versão, mais nacionalista e apegada às raízes, diz que a palavra tem sua origem na língua africana, com o vocábulo Forrobodó, que em um determinado dialeto significa exatamente festa, bagunça. Essa versão, mais "científica" é do pesquisador Câmara Cascudo.

O Forró e suas variações como Música e Dança

Forró é o coletivo da cultura e musicalidade popular do nordestino e pode ser dividido em vários segmentos:

* Forró pé-de-serra é o som feito pelos precursores do gênero, sempre com a presença do conhecido tripé: triângulo, sanfona e zabumba.

* Baião: Nascido de uma forma especial de os violeiros tocarem lundus na zona rural do nordeste (onde recebia o nome de baiano e era dançado em roda), esse ritmo foi transformado em gênero musical a partir de meados da década de 40, como resultado do trabalho de estilização feito por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, quando sofreu influências de ritmos como o samba e a conga.

* Xote: Ritmo de origem européia que surgiu dos salões aristocráticos da época da Regência. Conhecido originalmente com o nome schottisch, passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote. Saiu dos salões urbanos para incorporar-se às regiões rurais.

* Xaxado: O nome é uma onomatopéia, baseada no som que as alpercatas dos sertanejos faziam ao serem arrastadas durante os passos de dança. É uma dança do agreste e sertão pernambucano, bailada somente por homens, que remonta da década de 20. O acompanhamento era puramente vocal, melodia simples, ritmo ligeiro, e letra agressiva e satírica. Tornou-se popular pelos cangaceiros do grupo de Lampião.

* Coco: dança de roda do Norte e Nordeste do Brasil, fusão da musicalidade negra e cabocla. Acredita-se que tenha nascido nas praias, daí a sua designação. O ritmo sofreu várias alterações com o aparecimento do Baião.

* Forró universitário é um movimento cultural, que começou em Itaúnas- ES e se desenvolveu em outras cidades do Sudeste do Brasil, com o pessoal das faculdades. Acrescentou-se à música do Forró Pé-de-serra elementos como o baixo e a guitarra e à dança uniu-se passos de Samba-Rock, Salsa e Zouk.

Gonzagão, o pioneiro

Sem Luiz Gonzaga, o forró não estaria hoje nos bailes de todo o Brasil, como a última moda musical. O Velho Lua nasceu em Exu, sertão pernambucano, em dezembro de 1912. Filho do sanfoneiro Januário, desde pequeno ele tomou familiaridade com o instrumento. Foi no Rio de Janeiro, disposto a tentar carreira de músico no rádio, que se inscreveu no programa de Ary Barroso, em 1941, com a canção Vira e Mexe, com a qual tiraria o primeiro prêmio e seria contratado pela Rádio Nacional. O Forró é a linguagem poética que Gonzagão usava para contar sua vivência dura de sertanejo, as tristezas e doçuras da vida nordestina tão esquecida pelo resto do Brasil. A música nordestina de Luiz Gonzaga sofreu preconceito no início. Porém, o Forró foi conquistando o grande público, deixando de ser só uma música para saudosos migrantes nordestinos ou pessoas de classe social inferior. Quase sessenta anos depois, com a nova onda do forró, nada mais justo que ver a música do Velho Lua, morto há vinte anos, ser presença obrigatória nas casas noturnas de todo o país. E admirada por tantos adolescentes.

Mas, ao lado de Luiz Gonzaga não podem faltar compositores consagrados no forró como Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Almira Castilho, Alceu Valença, Elba Ramalho, Edmílson do Pífano, os velhos Trios Nordestino e Virgulino e mais atualmente bandas como Falamansa, Rastapé e Forróçacana.

sábado, 2 de maio de 2009

HISTÓRIA DAS IDEIAS

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HISTÓRIA DAS IDEIAS

partir da filosofia grega, nasceu a reflexão crítica e a necessidade de explicações racionais para o mundo. Ao contrário do pensamento oriental, que nunca rompeu definitivamente com a prática religiosa, a filosofia ocidental parte rumo à aventura única: entender o mundo dos homens de uma perspectiva antropocêntrica. Nessa estante de conhecimento, alinhamos obras, autores e escolas filosóficas em uma mostra do que o homem pensou, criou e transformou a partir de suas idéias. Obras e autores se sucedem. Um novo livro é sempre resultado do antigo, serve de base para crítica ou para o próximo.

Fonte e endereço desta matéria:
http://www.superinteressante.com.br/superarquivo/2002/conteudo_266256.shtml
Acesso em 02/05/2009.